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Passa-fita

Algumas brincadeiras ganham adaptações ou trocam de nome com o passar do tempo. Na infância de Beatriz Maria de Jesus Possidônio, que nasceu há mais de 80 anos, pique-esconde era chamado de passa-fita. Isso foi lá pelas décadas de 1920 e 1930, na vila de Trindade, localizada em Paraty (RJ).

Passa-fita era uma brincadeira de meninos e meninas, mas leva esse nome justamente por causa das fitas que as garotas usavam no cabelo.

Alguém puxava a fita do cabelo de uma das garotas, saía correndo e se escondia. Todos saíam procurando aquele que estava escondido, com a fita "roubada". Quando o encontravam, a brincadeira recomeçava com outra menina sendo "cilada" (tendo sua fita repentinamente arrancada).

Outros piques também faziam sucesso entre a turma de Beatriz. Ela se lembra de uma quadrinha que todos cantavam quando começava a brincadeira de pique-será:

"Pique-será

Galinha de engó

Pique-será

De mim tem dó!".