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Drama

A brincadeira preferida da educadora e artista Sálua Chequer, nascida em 1954, era conhecida como drama, "um tipo de ópera popular". Ela conta que adorava brincar de drama com sua turma na década de 1960, na cidade de Ibirataia, no sul da Bahia.

Funcionava assim: "Um grupo de crianças, meninos e meninas, escolhia uma história cantada, como ‘Moça da Varanda’, ‘A Filha do Rei da Espanha’, ‘Dom Jorge’, ‘La Condessa’, ‘História da Figueira’". A turma dividia os papéis e cantava a história.

"Montávamos um palco no quintal da casa, colocávamos lençóis como cortinas, muitos caqueiros, alguns elementos cênicos, como mesa, cadeira, jarro com flores. As roupas eram feitas de papel crepom."

Depois de definir papéis, confeccionar o figurino, fazer o cenário e "muito ensaiar", o grupo fazia a estreia. "Convidávamos outras crianças, nossas famílias, colocávamos banquinhos, tamboretes e cadeiras para a plateia. E, com muita emoção, diante de uma plateia muito atenta, apresentávamos nosso drama", lembra. E tinha até temporada –em outros quintais.