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Escalada

Ficar dentro de casa parece uma chatice sem fim. Mas pode ser apenas o começo de muitas brincadeiras.

"Em casa, em Belo Horizonte, nos anos 1950, escalávamos portas. A brincadeira não tinha nome especial: era subir porta ou escalar porta", conta a escritora Ângela Lago, nascida em 1945.

Ela diz que brincava escondida com as quatro irmãs "Não sei se era costume na cidade ou se éramos mais endiabradas do que as outras crianças."

As meninas achavam muito perigoso escalar as portas. "Pernas e braços abertos, subíamos os alizares da porta aberta até o final. Uma das irmãs ficava embaixo para, qualquer coisa, ajudar. Éramos cinco meninas: três têm sinal de que o queixo levou pontos. Acho melhor sugerir adultos por perto para uma equipe de salvamento mais eficaz."